Só monitore o que você pode mudar: Use métricas acionáveis!

O assunto encerrou o episódio 18 do Happy Hour Remoto, a partir de 1:06:00.

No mundo do trabalho remoto existem trocentas ferramentas que prometem aumentar sua produtividade. Na grande maioria delas, você precisa investir um bom tempo cadastrando projetos, tarefas, prazos, tempo gasto, sensações…

É tentador querer utilizar todas! Sabemos que vivemos em um mundo onde quanto mais informações tivermos sobre determinado assunto, melhores decisões poderemos tomar. Então, parece fazer sentido criarmos cada vez mais dados sobre nossa performance para podermos melhorá-la.

Mas, nem tudo são flores. É muito comum pessoas se empolgarem com um aplicativo e investirem um bom tempo o alimentando, e depois serem bombardeados com vários gráficos e métricas que na prática não ajudam em nada. Ou pior: se dedicarem um bom tempo o alimentando para depois simplesmente o abandonarem.

A chave para não cair nessa cilada é muito simples: métricas acionáveis! Sempre que você decidir gastar energia para medir alguma coisa, deve ter clareza do motivo de estar interessado em ter aquelas informações estruturadas, e já decidir previamente qual ação você poderá tomar a depender do resultado apresentado.

As métricas que você cria apenas por criar, sem ter uma ação clara para realizar sobre elas, são chamadas de “métricas de vaidade”. Assim como uma princesa perguntando ao seu espelho mágico se existe alguém mais linda que ela no mundo, a resposta encontrada poderá até alimentar seu ego temporariamente, mas não trará nenhum benefício real para sua vida.

Quando você cria uma métrica acionável precisa pensar com antecedência o que poderá mudar a depender do resultado encontrado. Isso te trás pelo menos três grandes vantagens:

  • Ao saber o que poderá ser melhorado, você visualiza com clareza o benefício que será obtido com seu esforço de monitorar seu trabalho, podendo avaliar se sua relação com o custo de tempo e energia empreendidos na missão realmente valem a pena.
  • Tendo em mente exatamente o que fará dependendo do resultado, você consegue escolher métricas melhores. “Descrever é prescrever”, já dizia um antigo sábio. Quando você já sabe onde quer chegar, poderá investir apenas nas métricas relacionadas diretamente ao seu objetivo.
  • Tomada de ação rápida para a melhoria! Quando você já definiu antecipadamente qual ação será tomada em cima do resultado da medição, a procrastinação perde espaço. Nada de passar horas olhando para gráficos, tentando interpretar o que pode você tirar de útil deles. Você simplesmente compara o resultado com a expectativa planejada e atua conforme havia previsto.

É tentador querermos medir tudo que fazemos. Especialmente para mim, que atuo com ciência de dados, muitas vezes soa um grande desperdício não coletar todos os dados que me forem possíveis. Mas, é preciso lembrar que coletar dados demanda tempo e energia, e se eles não tiverem uma função clara, serão apenas mais um elemento causador de distrações e ansiedades no seu dia-a-dia.

Então, lembre-se: antes de começar a medir qualquer coisa se pergunte “o que eu farei com essa informação?” e crie métricas acionáveis!

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