As margens tranquilas do Riacho Ipiranga ouviram o grito ecoante de um povo heróico, e nesse instante o sol da liberdade brilhou no céu da pátria em raios cintilantes.
A própria morte desafia o nosso peito no cerne da liberdade se conseguimos com braço forte conquistar a garantia dessa igualdade.
Ó pátria amada, idolatrada, salve! Salve!
Brasil, desce para a terra um sonho intenso, (não!,) um raio vívido(!) de amor e de esperança se a imagem da constelação Cruzeiro do Sul brilha intensamente em seu formoso, risonho e límpido céu.
Gigante pela própria natureza, e o seu futuro espelha essa grandeza, é belo, é forte, grande e corajoso.
Brasil, ó pátria amada, você é, entre outras mil, a terra adorada!
Brasil, pátria amada, você é a mãe gentil dos filhos deste solo!
Ó Brasil, florão da América, você brilha ao som do mar e à luz do céu profundo ilmuninado ao sol do novo mundo deitado eternamente em berço esplêndido!
Seus risonhos, lindos campos têm mais flores do que a terra mais garrida, no seu âmago “nossos bosques tem mais vida, nossa vida mais amores.”[1]
Ó pátria amada, idolatrada, salve! Salve!
Brasil, que a bandeira que exibe estrelada seja símbolo de amor eterno, e que o verde-louro dela diga: paz no futuro e glória no passado.
Mas se levantar o porrete forte da justiça, verá que um filho seu não foge da luta, e que quem te adora não teme nem a própria morte.
Brasil, ó pátria amada, você é, entre outras mil, a terra adorada!
Brasil, pátria amada, és mãe gentil dos filhos deste solo!
[1] Trecho de “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias. 1843.
Letra original de Joaquim Osório Duque Estrada. 1909.
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Adaptação feita com contribuições de Daniel Monteiro.